Eucaristia e ressurreição

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Há 3 anos Chiara Lubich partiu para o paraíso. Ouvi esta frase ontem e percebi que Chiara vive na sua obra ecumênica, o Movimento Focolare, o qual sempre ouvi a minha amiga Lúcia (Catequista da Paróquia Cristo Redentor) falar.

Lucinha, carinhosamente chamada, me apresentou ontem o Focolare e eu pude conhecer um pouco mais da Chiara, uma mulher extraordinária que pretendo conhece, quem sabe, vivendo o movimento.

Agradeço também a Irmã Marluce (querida Irmã Terezinha, carmelita) que partilhou comigo este texto e agora o partilho, como acho que Chiara gostaria de ser lembrada nesse dia: Falando de amor, do puro amor...


No Evangelho de João, Jesus afirma: "o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo"

( Jo 6,51b). E ainda: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia" ( Jo 6,54).

"... para a vida do mundo": a Eucaristia, portanto, serve já a partir deste mundo para dar a vida.

Mas, o que é a vida? Jesus o disse: "Eu sou a vida" ( Jo 11,25;14,6). Esse pão nutre-nos d’Ele já desde esta vida.

"E eu o ressuscitarei no último dia." A Eucaristia dá também a vida para o outro mundo.

Mas, o que é a ressurreição? Jesus também o disse: "Eu sou a ressurreição" ( Jo 11,25).

É Ele que dá início em nós à sua vida imortal, aquela que não é interrompida com a morte.

Ainda que o corpo seja corruptível, a vida, Cristo, permanece tanto na alma como no corpo, como princípio de imortalidade.

A ressurreição é um grande mistério para todos os homens que raciocinam com critérios humanos.

Mas existe um modo de viver no qual o mistério se torna menos incompreensível.

Ao vivermos o Evangelho visto pelo prisma da unidade, experimentamos, por exemplo, que, atuando o Mandamento Novo de Jesus, o amor recíproco leva a unidade fraterna entre os homens, que supera o próprio amor humano, natural.

Ora, esse resultado, esta conquista é efeito da atuação da vontade de Deus.

De fato, Jesus sabia que, se nós correspondêssemos aos seus imensos dons, já não seríamos "servos" ou "amigos" seus, mas "irmãos" seus e irmãos entre nós, porque nutridos da própria vida d’Ele.

Para mostrar que esta família é de outra natureza, o evangelista João usa uma imagem muito sugestiva: a da videira e dos ramos (cf. Jo 15). A mesma seiva — poderíamos dizer o mesmo sangue —, a mesma vida, ou seja, o mesmo amor (que é o amor com o qual o Pai ama o Filho) é-nos comunicado

(cf. Jo 17,23-26) e circula entre Jesus e nós.

Tornamo-nos, assim, consangüíneos, concorpóreos com Cristo.

E é, pois, no sentido mais verdadeiro e, sobrenaturalmente, mais profundo que Jesus, depois de sua ressurreição, chama os seus discípulos de "irmãos" (cf. Jo 20,17).

Ora, uma vez construída essa família do Reino dos Céus, como poderíamos imaginar uma morte que possa interromper a obra de Deus, com todas as conseqüências dolorosas que isto comporta? Não, Deus não nos podia colocar diante de uma separação absurda.

Ele devia dar-nos uma resposta.

E no-la deu revelando-nos a verdade da ressurreição da carne.

Ela, praticamente, não é mais, para quem crê, um mistério obscuro de fé, mas uma conseqüência lógica da vivência da vida cristã. Ela é portadora da imensa alegria de sabermos que nos encontraremos todos com aquele Jesus que nos uniu desse modo.

Chiara Lubich

2 comentários:

CATEQUESE N'ATIVIDADE disse...

Obrigada pela visita e recadinho! Que a graça de nosso Senhor esteja sempre com vocês! Abraço

Anônimo disse...

parabens pelo blog amei que jesus os
j abençoe

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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra

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