Muitos são os batizados, poucos os evangelizados...

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Realmente muitos foram batizados por tradição, outros muitos por superstição, outros por desencargo de consciência, achando que batizando já estaria com dever cumprido e o que vem depois, aquilo que foi prometido no dia batismo apenas fez parte de rito. Sacramentos vistos como Ritos simplesmente.

Estamos visitando na paróquia todas as famílias que inscreveram suas crianças na catequese. Não se trata de uma simples visita de acolhida e sim uma visita representando a Igreja que vai ao encontro das famílias e que diz: “Olha, eu existo, eu estou aqui, posso te oferecer muita coisa que você nem sonha conhecer, faço parte de sua vida, quer dizer você é o tijolinho que está faltando, pois sou formada por ti”. Eu sei que se a Igreja falasse, ela falaria isso e muito mais.

Se a Igreja falasse não! Ela fala de várias maneiras, fala através de nós catequistas integrantes e atuantes, pois somos a voz da Igreja, a voz de Deus, a voz do Papa. Deus continua agindo através de nós. Nessas visitas teremos um Raio X das famílias que formam a nossa comunidade, comunidade deformada, é assustador a nossa realidade, famílias quebradas, incompletas, famílias sem os sacramentos, famílias não evangelizadas. Mas...Famílias!

Estamos apreensivos, pois são muitas as carências, tanto materiais como espirituais e não sabemos por onde começar. Isso requer de nós catequistas e de todas as pastorais envolvidas um novo ardor, um novo zelo em não evangelizar somente as crianças, mas principalmente seus pais, fazendo da catequese, momento em que eles também possam se preparar para receber os sacramentos que lhes faltam ou reacender a chama que receberam no dia do Batismo. Nossa obrigação é descobrir esses casos e OFERECER meios para que os recebam.

Estou feliz em ver a catequese em movimento, conhecendo a realidade dos catequizandos com suas angustias, seus conflitos, seus anseios, pois nenhum catequizando chega pra nós “prontos”. O conteúdo que temos em mãos, o material que usamos são orientações que devemos adaptar de acordo com aquilo que conhecemos de nossos catequizandos, só assim teremos uma catequese encarnada, pés no chão.

Mas, a triste verdade é que nossa comunidade não está evangelizada...
Vou usar pra terminar esse texto, uma fala de nossa amiga catequista de Londrina-PR a Rosangela, hoje quando partilhávamos, ela me contava que teria ouvido nesses dias uma palestra que dizia que tudo depende do nosso olhar, da nossa fé, do nosso ardor, podemos ser vítimas ou ser aqueles que salvam. Achei interessante, pois a nossa conversa veio de encontro ao que eu escrevia, ou seja na catequese, meio a essa problemática de famílias quebradas, não podemos ficar como vítimas, mas acreditar que através da catequese, se tivermos fé e confiança naquele que nos enviou, podemos sim mudar alguma coisa ou quem sabe muita coisa. O tempo é agora, de repente a oportunidade de muitas famílias conhecerem Jesus será através da catequese. Não deixemos a hora da graça passar desapercebido, podemos e devemos mudar as estatísticas desse número de pessoas batizadas que não foram evangelizadas.

Beijo grande e mão na massa, bom trabalho!!
Imaculada Cintra

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Imaculada Cintra é catequista da Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Capelinha, em Franca/ SP

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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra

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