Saudações catequéticas!
Em alguns momentos, em nossa missão, nos sentimos como o carvalho da mensagem a seguir. Ai derrepente é como se um abalo sísmico acontecesse somente onde pisamos, envolvendo nosso ser com os tremores que parecem dizer: é preciso continuar!
Vem o sorriso daquele catequizando, vem um ex catequizando que hoje é atuante na Igreja, vem uma mãe e te agradece, enfim...
Outro dia eu ia desanimada pro trabalho e de longe avistei uma menina pequena, sorrindo pra mim. Na verdade eu fiquei confusa pois não reconhecia aquela criança de lugar algum. Achei que
era só riso de criança alegre. Mas criança sabe pra quem sorrir...
Ao nos aproximarmos ela correu e me abraçou e eu me abaixei pra falar com ela que de pronto me beijou. A minha reação foi a seguinte: Nossa, que fofa. Deu abençoe você!
A mãe me disse: Ela não esquece de você. Sempre diz: Olha mãe é a catequista de Carine.
Carine é irmã dela e foi minha catequizanda há alguns anos.
Simplesmente, ganhei o dia.
Agora vamos aprender com o carvalho a alegria de servir. Espero que gostem.
Com carinho,
Clécia
Era um velho carvalho no meio de uma grande floresta. Há alguns anos, uma enorme tempestade o deixara quebrado e feio. Jamais conseguira se reerguer, como as demais árvores.
Quando a primavera chegava, o adornava de flores novas e verdes e o outono tomava o cuidado de pintá-las todas de cor avermelhada.
Mas os ventos inclementes sopravam e levavam todas as folhas e nada mais podia disfarçar a sua feiura.
A árvore foi se sentindo esquecida, abandonada, sem utilidade.
E um enorme vazio tomou conta dela.
Quando o vento do outono passou por ali, ela se lamentou: Ninguém mais me quer. Não sirvo para nada. Sou um velho inútil.
Mais alguns dias se passaram e, na proximidade do inverno, um pica-pau sentou-se em seu tronco e começou a bicá-lo, de forma insistente.
Tanto bicou que conseguiu fazer um pequeno furo, uma portinha de entrada para sua residência de inverno, no tronco oco do carvalho.
Arrumou tudo com muito bom gosto. Aliás, estava praticamente tudo arrumado. As paredes eram quentinhas, aconchegantes e havia muitos bichinhos que poderiam alimentá-lo e aos seus filhotes.
Como estou feliz em ter encontrado esta árvore oca! Ela será a salvação para mim e minha família no frio que se aproxima.
Pouco tempo depois, um esquilo aproximou-se e ficou correndo pelo tronco envelhecido, até achar um buraco redondo, que seria a janelinha da sua casa.
Forrou por dentro com musgo e arrumou pilhas e pilhas de nozes que o deveriam alimentar durante toda a estação de ventos gelados.
Como estou agradecido, falou o esquilo, por ter encontrado esta árvore oca.
O carvalho passou a sentir umas coisas estranhas. As asas dos passarinhos roçando em sua intimidade, o coração alegre do esquilo, suas patas miúdas apalpando o tronco diariamente fizeram com que se sentisse feliz.
Seus ramos passaram a cantar felicidade. Quando chegou a época das chuvas, deixou-se molhar, permitindo que as gotas escorressem por seus galhos, lentamente.
Aceitou a neve que o envolveu em seu manto por muitas semanas, agradeceu os raios do sol e a luz das estrelas.
Tudo era motivo de felicidade. A velha árvore redescobrira a alegria de servir.
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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra