Vocação e Catequese

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Meus amigos


Temos agora alguns contribuintes com a Palavra para a Catequese. Conseguimos conquistar alguns colunistas. Começamos hoje com um muito especial: Flávio Porto.
Flávio é seminarista da Arquidiocese de Vitória da Conquista, atualmente morando no Seminário Maior Santana Mestra, em Feira de Santana - Ba. Ele é autor da música hino do Ano Catequetico: Catequese Caminho para o discipulado e de muitas outras.



Flávio, ficamos muito feliz com o seu SIM e esperamos ter sempre novidades suas aqui no blog. Espaço que tambem é seu. Seja bem vindo ao nosso meio.



Saboreiem agora o belissimo texto que ele nos oferece.



Em minhas primeiras palavras para o “Catequese caminhando”, quero dizer de duas coisas que vêem ao coração e, em certa medida, correlacioná-las: A primeira foi da boa lembrança que o nome do blog me fez ter: Em 2009, vivenciamos o Ano Catequético que refletiu a catequese como “caminho para o discipulado”. A segunda é a respeito desse tempo propício de rezarmos pelas vocações, vendo-me também como discípulo missionário... vocacionado!


Quando escutamos relatos de pessoas que ouviram o convite de Deus e abraçaram seu caminho de discipulado, dentro da vocação em que foram chamadas, podemos traçar alguns paralelos com os passos dados no caminho de Emaús. É bom avisar aqui que não tenho pretensões grandes... Tornar-se uma partilha até da minha própria experiência vocacional.


Identificamos nas histórias vocacionais o período em que o caminho para o jovem é incerto, confuso e, até mesmo, dolorido, devido à cegueira ou visão turva que não permite enxergar claramente o Mestre. É a fase dos grandes questionamentos... ou da ausência de todos!


Mas também, é quando Jesus se põe junto no caminho: O coração arde, reage às palavras Dele, busca esclarecimentos... É o encontro com os ensinamentos desse Companheiro, Amigo que caminha lado a lado e, de alguma forma, faz com o que é tão obscuro se torne mais claro. E assim, o caminho percorrido com a presença do Senhor nos faz convidá-lo a permanecer: “Fica, Senhor, conosco”.


Chega o tempo da partilha, do sentar-se à mesa. Para o (a) jovem vocacionado (a), é tempo de viver um profundo contato com a vida eclesial, de conhecer de perto a realidade que o interpela e, veja que bonito, abrir os olhos diante do partir o pão: “o pão partilhado provoca a mais importante descoberta para as pessoas que trilham o caminho de Jesus: ele ressuscitou! Ele está vivo no meio de nós!” (OROFINO, Francisco. O lento processo de abrir os olhos. Revista Vida Pastoral. São Paulo, v. 50, n. 264, jan.fev. 2009, p. 30 - 34).


Os discípulos de Émaus são chamados também nesse momento. Chamados a serem anunciadores da maior notícia que a humanidade pudesse receber: Ele está vivo! “Ao receberem o pão partilhado, perderam o medo de Jerusalém, da cruz, da perseguição e da morte. Acolheram uma realidade profunda, misteriosa e transformadora que os fez renascer e lhes deu coragem” .

Somos chamados a também testemunhar, espalhar, anunciar a boa nova que Cristo ressuscitou. Isso é missão. É vocação. É caminho para o discipulado.


A você, jovem, é dirigido o convite a trilhar o caminho de Émaus também e, assim, fazer uma caminhada vocacional de descobertas e respostas ao Senhor que chama e anda ao seu lado.


Por fim, aos catequistas, também quero me dirigir: vale lembrar que vocês são também sinais aos jovens na dimensão vocacional. Retomo, portanto, o Diretório Nacional de Catequese que diz que “a juventude é a fase das grandes decisões. Os jovens passam a assumir seu próprio destino e suas responsabilidades pessoais e sociais. Buscam o verdadeiro significado da vida, a solidariedade, o compromisso social e a experiência da fé, pois é sua característica ser altruísta e idealista”.


E, sobretudo, “A catequese como jovens, levando em conta seu protagonismo, realiza-se através de: [...] acompanhamento personalizado ao jovem, acentuando a dimensão espiritual ao projeto de vida, incluindo a dimensão vocacional; [...] Orientação vocacional em sentido amplo, que apresente possibilidades de engajamento na construção do Reino, dentro e fora da Igreja e a responsabilidade missionária no mundo”. (CNBB – CONFERÊNCIA NACIOANAL DOS BISPOS DO BRASIL. Diretório Nacional de Catequese. Brasilia: CNBB, 2006.).


Jovens, Catequistas, Animadores Vocacionais... Todos nós, Igreja: Trilhemos a estrada de Émaus e façamos dele caminho para o discipulado.



Um abraço,


@portoflavio

2 comentários:

Tereza Diniz disse...

Tem um carinho pra voces la no blog catequesecasaforte.blogspot.com

Lucyanna Rodrigues disse...

Que delícia de reflexão!!! Não resisti e foi pro Top Five da semana! Isso quer dizer que o blog está concorrendo ao prêmio do mês, viu?
Abraços, Lucyanna

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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra

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