Há tempos visito o Blog O Banquete da Palavra. Convido-vos a ler esta reflexão que vem do além-mar.
Grata ao Padre José Luís Rodrigues por partilhar coisas tão necessárias, sempre.
Clécia
Domingo de Cristo Rei do Universo
20 de Novembro de 2011
"Deus será tudo em todos"
1Cor 15, 20-26ª,29 (20-26,28)Alguns mestres ensinavam que não havia ressurreição dos mortos. Para refutar esta falsa doutrina, o Apóstolo Paulo primeiro estabeleceu uma base comum com os seus leitores, afirmando a ressurreição de Cristo. A evidência da ressurreição de Cristo é esmagadora. Não há confirmação mais forte de um evento histórico pelo testemunho ocular. No caso de Jesus, mais de quinhentas pessoas viram Jesus vivo depois que ressuscitou. A sua ressurreição não pode ser razoavelmente negada, e assim prova que há ressurreição dos mortos.
Por isso, as consequências da ressurreição de Cristo, são também evidentes. Cristo ou foi ressuscitado ou não. Se não foi, então a pregação apostólica foi em vão, porque acusavam Deus de algo que ele não tinha feito, e a fé é vã porque se apoia na ressurreição de Cristo. Se Cristo foi ressuscitado então todos os crentes serão ressuscitados com ele. Cristo foi o primeiro dos frutos, um sinal e uma garantia de farta colheita. Observe-se o raciocínio de Paulo: a meta máxima de Deus para o universo é que Cristo devolva a soberania de tudo a Deus depois de derrotar todos os inimigos. O último inimigo a ser derrotado é a morte, a qual Cristo venceria pela ressurreição. Sem esta, Cristo não venceria o último inimigo. Ele não entregaria o Reino a Deus e não seria depois "tudo em todos" ou o rei supremo de toda a criação. A negação da ressurreição frustra todo o plano de Deus para o universo.
Se não há ressurreição, o baptismo não tem sentido. Se for assim, aqueles que estavam sendo baptizados acreditando na ressurreição estavam apenas sendo baptizados para os mortos, para a sepultura. O sofrimento de Paulo e as escapadas por um triz da morte foram absurdas se esta vida é tudo o que existe. De facto, se não há ressurreição, deveríamos viver intensamente aqui, porque amanhã morreremos e tudo acabará para sempre. Mas, não a nossa condição divina, recebida no baptismo, que nos aponta uma outra realidade suprema, Deus, onde seremos felizes eternamente.
Mas, afinal, como são ressuscitados os mortos? Os oponentes de Paulo obje-ctaram contra a ressurreição porque não podiam imaginar como poderia acontecer. Paulo explicou a ressurreição por analogia. Enterrar um corpo é como plantar uma semente, porque a planta brota da semente, mas não se parece com ela. O corpo ressurgido sai do corpo enterrado, mas não se parece com ele. Deus tem muita experiência em preparar corpos adequados, por isso será capaz de providenciar facilmente um corpo adaptado à nossa existência eterna. Quando Cristo retornar, os mortos serão ressuscitados com corpos glorificados, os vivos serão mudados instantaneamente e todos serão levados ao grande julgamento do trono de Deus. A promessa de ressurreição deve motivar todos a perseverar e esperar no Senhor.
JLR
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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra