Quinta-feira Santa

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>>>>>Ao preparar o encontro para a catequese me deparei com várias reflexoes sobre a Semana Santa. Então a partir de hoje ate domingo colocarei alguns desses textos aqui. Iniciarei hoje com a reflexão do Geraldo Barboza de Carvalho.

O LAVA-PÉS,

O SENTIDO DA EUCARISTIA



>>>>>Reino de Deus é simbolizado por um banquete, uma festa de núpcias. Num banquete há comida e bebida em abundância. Para deixar à nossa disposição o banquete da vida divina Jesus instituiu o memorial da eucaristia. O pão da vida eterna existe na terra para alimentar aqueles que vivem pela fé a vida nova dos que Jesus perdoou e ressuscitou com ele. Ressuscitando Jesus, o Goel da humanidade, o Pai ressuscitou juntamente com ele toda a humanidade e comunicou-lhe a vida plena da SS Trindade, presente no pão e no vinho abençoados por Jesus na Quinta-Feira Santa, com ordem para o povo de fé repetir seus gestos e palavras em memória, em reatualização real do sacrifício redentor: "Isto é o meu corpo dado por vós; este é cálice da nova aliança no meu sangue derramado por vós. Minha carne é verdadeiramente uma comida, meu sangue é verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, aquele que de mim também se alimenta vive por mim" e através de mim viverá da vida do Pai e Deus Mãe. O alimento material nutre o corpo, lhe dá energia para viver, força para desempenhar suas tarefas no mundo. A comunhão na vida de Deus nutre na fé o corpo destinado à vida eterna, vida com Deus Trino. Na Eucaristia Jesus nos comunica a vida divina aqui e agora. "Quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna.”

>>>>>É que a eucaristia não é apenas um ritual, mas o encontro místico com Jesus que se dá em alimento como Irmão nosso, para nos dar o exemplo do novo culto agradável ao Pai. Reunimo-nos semanalmente em torno de Jesus para reafirmarmos com ele o pacto de amor fraterno e serviço mútuo; para confessar aos irmãos o egoísmo que inspirou muitos dos nossos atos e nos reconciliarmos assim com eles; para fazer nossos os sentimentos de Jesus Cristo ao partilhar o pão da vida, isto é, a existência toda, com aqueles que seguem idêntico caminho que nós e nos estendem a mão vazia. Este serviço fraterno do dom de si constitui o verdadeiro sentido da eucaristia. É por não celebrarmos a missa no espírito de fraterno serviço que o Brasil, o maior País cristão do mundo, é também dos mais corrutos e injustos, dos menos fraternos. A maioria dos católicos vai à missa apenas cumprir uma obrigação ritual, para não ficar com peso de consciência, em vez de irem ao encontro mais solene de suas vidas – encontro com o Senhor da vida, para dele receberem e distribuírem com os irmãos a vida em abundância. Exatamente isto. Depois que Jesus celebrou a última ceia pascal judaica, durante a qual instituiu a eucaristia, a ceia da nova aliança, que não é mais um ritual repetido anualmente na mesma data, mas o dom da vida uma vez por todas, Jesus entregou nas mãos dos Doze e sucessores o privilégio de comungar no seu corpo e sangue, como sinal do dom da vida por nós, com a ordem de perpetuar em seu Nome esse mesmo ritual, tornando-o efetivo pela doação da nossa vida aos irmãos. Eis o significado verdadeiro do "Fazei isto em memória de mim".

>>>>>Servir como Jesus serve: lavando os pés uns dos outros. O lava-pés é o protótipo do humilde serviço aos outros erevela o verdadeiro sentido da eucaristia. Sintomaticamente, o lava-pés ocorreu durante a última ceia da antiga aliança e primeira ceia da nova aliança de Jesus com os discípulos, para marcar a transição da antiga para a nova aliança. Jesus comeu o pão e bebeu o vinho com os discípulos na última ceia da antiga aliança. Enquanto ceava, se levantou, lavou os pés dos discípulos, retomou seu lugar à mesa, instituindo, a seguir, a ceia da nova aliança. Jesus comeu o pão e bebeu o vinho da ceia antiga, mas não comeu o pão nem bebeu o vinho da nova ceia, porque ele mesmo era a comida e a bebida, o pão e o vinho, "o corpo dado por vós e o sangue da nova e eterna aliança derramado em favor de vós". O lava-pés, ao mesmo tempo em que faz a transição da antiga para a nova aliança, revela o espírito da eucaristia: a oferta de "nossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus", no humilde serviço fraterno, como Jesus faz. A oferta do corpo, da vida a Deus é o sacrifício de louvor, o verdadeiro culto espiritual que lhe agrada. Por isso, Jesus disse aos discípulos quando chegou a hora da última ceia: "desejei ardentemente comer esta páscoa convosco antes de sofrer. Asseguro-vos que a comerei nunca mais, até que se cumpra no Reino de Deus". Isto é: até que a Páscoa antiga encontre seu verdadeiro sentido na Páscoa nova do Cordeiro de Deus, que pôs fim à antiga aliança, substituindo-a para sempre pela nova aliança, selada com a entrega do seu corpo e o derramamento do seu sangue. Quando Jesus brigou com os vendilhões do templo, que faziam "da casa do meu Pai uma casa de comércio", ele deu o motivo de sua indignação: "O zelo da tua casa me consome". Isto é: é grande o meu desejo que o templo antigo, centro dos sacrifícios da antiga ceia pascal e do culto a Deus, seja destruído e substituído pelo novo templo do meu corpo, centro definitivo da nova aliança, em que eu mesmo serei o sacerdote, a vítima e o alimento. Isto se fará rápido: "Destruí este templo e eu o reconstruirei em três dias: Ele falava do templo do seu corpo", que será dado em comida ao novo povo de Deus. Por isto, Jesus desejava ardentemente comer aquela Páscoa Antiga: sua Hora havia chegado e não havia mais tempo a perder.

>>>>>Comungar no corpo de Cristo é também segui-lo na perseguição, no sofrimento da vivência da fé no mundo. Nossa cruz e nossa morte serão mediante a fé. Por isso não precisamos levar a cruz literalmente nem passar pela morte cruenta pela qual Jesus passou. Tanto sofrimento não poderia ocorrer reiteradamente, como ocorriam anualmente os sacrifícios de animais no Templo de Jerusalém pelos pecados do povo. Seria demais para a humanidade suportar tanto sofrimento. Por isso Jesus pôs fim à série indefinida de sacrifícios inócuos de animais, sacrificando-se uma vez por todas em prol da humanidade e da criação inteira.


Sintese do texto extraído do site:

http://www.webartigos.com/articles/35244/1/O-LAVA-PES-O-SENTIDO-DA-EUCARISTIA---Geraldo-Barboza-de-Carvalho/pagina1.html


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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra

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