Liturgia é...

É Deus atuando na história. É o Espírito Santo cantando uma canção de glória ao Pai por meio do Corpo Místico de Cristo que é a Igreja. Por isso sempre iniciamos as nossas celebrações com o sinal-da-cruz: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Nosso Deus não é solitário. É a Divina Comunidade de Amor.

Por isso liturgia é o povo reunido em assembléia: em um só corpo... em um só coração. Somos a Igreja que faz a liturgia e louva o Pai, no Espírito Santo, por Jesus Cristo.

Liturgia é o povo consciente dos pecados e dificuldades, erguendo a Deus um clamor. E Deus ouve o clamor do seu povo.

Antigamente, no Egito, Deus passou no meio do povo e liber¬tou-o da opressão. Há dois mil anos, Deus se fez homem em Jesus Cristo. Passou aqui para nos libertar definitivamente do pecado e da morte.

Hoje, na Liturgia, Deus continua passando para nos salvar.

LITURGIA É PASSAGEM DE DEUS.

PÁSCOA SIGNIFICA PASSAGEM.

LITURGIA É PÁSCOA.

A Liturgia é a vitória da vida, é o jeito que Deus encontrou de tocar em cada um de nós. Tocou em você no dia de seu batismo; toca de novo a cada confissão. É o toque do perdão!

Toca e alimenta o povo, na caminhada para a casa do Pai.

LITURGIA É DEUS SE FAZENDO ALIMENTO PARA SACIAR NOSSA INFINITA SEDE DE AMOR.

A liturgia não se resume na missa. Cada sacramento é um toque do dedo de Deus. Todo sacramento é liturgia.

Liturgia é a célebre-ação de Deus em favor do seu povo.

LITURGIA É CELEBRAÇÃO.

Gostamos de "comemorar", tornar célebre, a data do nosso aniversário. Fazemos festa. Ficamos felizes. Convidamos os amigos para participar da nossa alegria.

Liturgia é tornar célebre o nosso nascimento como povo sal¬vo, Jesus, por sua vida, morte e ressurreição, nos resgatou para Deus. Isto merece ser celebrado. Merece ser "memorado em co¬mum". Merece ser co-memorado.

LITURGIA É O MEMORIAL DO MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO CELEBRADO NA IGREJA.

Portanto, a liturgia torna presente na história a salvação que Cristo nos trouxe. Agora podemos compreender melhor este pensamento:

"No ato litúrgico, pregamos. Mas ele não é uma aula. Con¬versamos, mas não é um colóquio. Cantamos, mas não é um concerto. Encenamos, mas não é uma peça teatral. Movemo-nos, mas não é um balé. Contemplamos em silêncio, mas não é uma meditação transcendental. E oramos publicamente, mas não se trata de mera reza". (Casiano Floristan, in A Celebração da Igreja, pp. 447-448.)