Talvez o maior desafio na comunicação sejam os ruídos.
A boa comunicação é muito importante para a integração de qualquer grupo de
trabalho, inclusive na catequese. Como saber que todo o conteúdo administrado
esta sendo compreendido? Como avaliar o processo de aprendizagem? E como
avaliar-me enquanto catequista? Estou sendo assertiva no que me proponho?
Por isso, sugerimos aos crismandos da 2º etapa um
atendimento individual. Nesse encontro, eu e minha companheira de catequese,
fizemos algumas perguntas chaves, tais como: o que ele esta achando do processo
de iniciação Cristã seguindo os ritos RICA, como esta o estágio pastoral,
o que de melhor e de pior ele pode mensurar nos encontros catequéticos nesses
dois últimos anos, enfim... Eram perguntas que nos proporcionariam um feedback.
E que feedback obtivemos desse atendimento! Foram 26
crismandos com diferentes historias de vida, diferentes percepções, diferentes
graus de entendimento, diferentes objetivos para o futuro... Enfim, posso dizer
somente agora, que eu conheço um pouco da minha turma. Ouvimos de tudo, desde
casos de violência domestica a casos de milagres pessoais e familiares.
Sabe aquele catequisando que chega sempre atrasado,
que está sempre cansado, não interage com a turma e às vezes parece que faz
pouco caso de tudo o que se faz e se diz? Ele pode ter problemas um filho
drogado, um marido violento ou pais doentes que precisam de cuidados. E sabe o
motivo pelo qual ele nunca compartilhou isso? Ele não quer ser visto como “coitadinho”.
Sabe aquele outro catequisando hiperativo, que interrompe seus encontros
fazendo perguntinhas inoportunas ou que procura sempre chamar a atenção da
turma fazendo piadinhas? Ele pode não ter dialogo em casa, ele quer falar mais
nunca é ouvido, ele precisa de atenção e essa é a maneira que ele escolheu para
fazê-lo. E aquele outro catequisando “porreta” que ajuda em tudo, que participa
de tudo, esta sempre atendo, e que às vezes parece saber ate mais que você? Ele
ama a catequese e tudo o que faz é por amor e doação, confia tanto em você
catequista que esta disposto ate a passar mais tempo na catequese para adquirir
mais conhecimento se assim você catequista julgar necessário.
Talvez psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e
CIA não vejam nada de novo nestes relatos do ultimo parágrafo. Esses foram só
alguns, dos muitos que ouvimos. Mais para mim foi mais deslumbrante, emocionante e
gratificante do que acham um pote de ouro ao fim do arco-íris.
Mas de tudo posso isso posso deixar alguns conselhos
aos que se aventurarem a fazer isto também:
1. Marque para começar bem cedo. Marcamos esse
atendimento no mesmo horário da catequese (17:30 as 19:00) e saímos muito tarde (22:30hs). Tínhamos
delimitado o tempo de 05 min por catequisando, mas não podíamos interromper a
conversa, o desabafo. Além de que, com alguns a conversa era mais longa porque
tinha que ser;
2. Não deixe esses atendimentos para o final da
catequese. Minha turma recebe o sacramento dia 04 de novembro, e se eu soubesse
de tudo o que sei agora, meu planejamento com eles tinha sido diferente. Eu
teria me trabalhado para ser melhor para eles, para ser aquilo que eles
precisavam que eu fosse;
3. Tenha organização, planejamento e oração. Isso nos
ajudou muito. Já chegamos sabendo o que iríamos fazer, o que iríamos perguntar, com
papel e caneta para anotar as observações. Preparamos o ambiente da “sala de
espera” e da “sala de atendimento” para que eles se sentissem confortáveis e
abertos a conversa;
4. Solicite a ajuda de outro catequista para ficar com
os que estiverem na “sala de espera”. Eles ficaram ansiosos e agitados na expectativa
do que iria acontecer. Senti a falta de alguém para acalma-los, tranquiliza-los
e que pudesse manter todos na sala.
Por fim, posso afirmar que valeu muito a pena.
Fiquei inebriada de alegria em saber que eles querem continuar com os encontros
após receberem o sacramento e que a grande maioria tem o desejo de ano que vem ingressarem
na Pastoral da Catequese.
Acredito que estou fazendo meu papel. Espero e confio que eu possa estar agradando a Deus. Não temos mais uma “fábrica” de crismandos. Posso afirmar que temos cristãos preparados para servirem como soldado de Cristo com a missão permanente de defender a Santa Igreja.
Acredito que estou fazendo meu papel. Espero e confio que eu possa estar agradando a Deus. Não temos mais uma “fábrica” de crismandos. Posso afirmar que temos cristãos preparados para servirem como soldado de Cristo com a missão permanente de defender a Santa Igreja.
Crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória agora e até o dia da eternidade!
Amém (2 Pd 18).
Paz e Bem
Sandra
Avelino
Catequista da
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Arquidiocese
de Feira de Santana - Bahia
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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra