Assisti recentemente a um vídeo sobre a História da
Páscoa.Tantas pessoas já assistiram a ponto dele ter se tornado viral. A princípio
é um vídeo engraçadinho, mas logo revela seu apelo emocional exacerbado, a visão
protestante (afinal foi feito pela comunidade do Redentor, que é uma igreja
luterana de Curitiba) e repleto de distorções de significados.
Mas como meu objetivo não é falar do vídeo, só
atenho-me em dizer que o mesmo me fez recordar saudosamente minha infância,
onde a Páscoa era vivida com todo o seu significado e importância, desde a quarta-feira
de cinzas.
Toda a quaresma, em especial a semana Santa era vivida com jejum, oração e
caridade. Desde muito pequena, eu fazia o jejum completo (apenas café da
manhã e depois apenas água ate o final
da tarde), mesmo sem saber o que e o motivo pelo qual estava fazendo. Minha mãe
sempre nos manteve junto a Igreja, indo às missas, participando da catequese e
vivendo os tempos que a Igreja vive (e que pede para também vivermos). Participávamos
de todas as missas da Semana Santa, findando no domingo de Páscoa. E que bela
Páscoa tínhamos!
Eu era motivada por ela (durante todo o ano, não somente na quaresma ou na Semana Santa) a reza pelos que sofrem,
rezar pelas almas do purgatório, rezar pelos parentes já falecidos. Dar minha
singela mesada no ofertório ou dar como esmola. Visitávamos os parentes e
vizinhos, para junto ao prato de bolo levar e compartilhar a Palavra.
E a Páscoa era uma festa! A família sempre toda
reunida, com uma refeição bonita e mas modesta. Todos os tios e primos juntos na
casa de Vó aproveitavam para colocar a conversa em dia e planejar próximos encontros.
Chocolate era artigo de luxo. Nossa festa era a bagunça na casa de Vó, era o encontro com o irmão, era a família reunida durante todo o domingo.
Ao escrever isso para compartilhar com vocês, vejo
como usei os verbos no tempo Passado. Infelizmente com o tempo as coisas
mudaram. Ninguém na minha casa (exceto eu) frequenta as missas. Eu já não
dedico como deveria as orações, jejum e caridade. Meu filho não tem os exemplos
que eu tive e nem o zelo que minha mãe tinha.
Espero com a Graça e Misericórdia de Deus poder
educar meu filho na fé, muito próximo da maneira como fui educada. Espero poder
transmitir a ele a autenticidade da Páscoa, sem esquecer do Sacrifício Eucarístico.
Motiva-lo ainda mais a rezar pelos que sofrem, pelos fieis defuntos, pelas
almas do purgatório e pelas mães abortistas.
Desejo, antecipadamente, que a Páscoa de nós cristão
possa ser vivida todos os dias. E desejo em especial a todos os catequistas,
para que antes de divulgar vídeos engraçadinhos, possamos ver além. Ver que por
trás de uma bela montagem e de uma excelente fotografia, existe uma linguagem
inadequada e a falta de naturalidade no que parecia uma conversa de inocente de
crianças. Proponha você, aos seus catequizandos e no seu lar, uma conversa
sobre a História da Páscoa.
Conduza, corrija, ensine.
Sandra Avelino
Deus não se cansa de nos perdoar, nós é que nos cansamos de pedir perdão a Deus. Papa Francisco
1 comentários:
Bom dia Sandra... Apesar do vídeo usar de uma linguagem diferenciada, não encontrei nele mal algum... Pra te falar que não percebi nada, percebi que na hora da "janta" (ceia), enfatizou o mandamento maior, mas não citou quando Jesus FAZ-SE ALIMENTO (EUCARISTIA)... de resto,me mostre o que tem contra aquilo que pregamos, embora fazemos noutra linguagem... Estou aqui questionando, porque divulguei esse vídeo e sempre tenho a maior cautela com coisas do tipo... beijo grande!
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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra