Como se sabe, a cristologia é o ramo da teologia que estuda a pessoa de Jesus. Pela cristologia procura-se responder a pergunta: "Quem é Jesus?"
A cristologia da libertação (o estudo de Jesus dos pobres), propõe uma volta ao Jesus histórico (e a suas atitudes libertadoras), redescobrir na prática histórica de Jesus, a chave de interpretação para a prática de libertação na Igreja cristã.
Jesus é o modelo do “libertador”; ele com suas opções pelos doentes, excluídos, pequenos, pobres e marginalizados, se coloca como ideal do cristão. E isso é verdade principalmente no nosso mundo em que enormes massas populares vivem sofrendo pela pobreza e miséria, derivadas de estruturas políticas e sociais injustas, e por isso mesmo, carentes de uma libertação.
A cristologia da libertação (o estudo de Jesus dos pobres) volta-se, assim, para o Jesus histórico, para a análise da prática e ação cristã. O ponto fundamental cristológico (estudo de Jesus) é mantido e suposto como algo já presente no coração do povo.
Também, no assunto da libertação, o Jesus da história ganha importância especial e imediata, porque o mundo em que se realizou sua ação libertadora era, em múltiplos aspectos, muito igual com o mundo em que, hoje, os pobres lutam pela sua libertação.
A ação histórica de Jesus torna-se, então, o tema importante da cristologia da libertação: suas ações, sua mensagem, suas atitudes, suas escolhas e opções, seu compromisso social e as consequências políticas e sociais de sua vida e morte. Assim, a cristologia libertadora (o estudo de Jesus dos pobres) estuda a história humana de Jesus, como meio de ação libertadora e de salvação de Deus na história. Essa cristologia é uma cristologia “de baixo para cima”, isto é, valoriza e privilegia a vida humana histórica de Jesus, mas sem deixar de lado a identidade de Jesus como Filho de Deus.
Na cristologia da libertação (o estudo de Jesus dos pobres), a obra, a atividade precede ao cumprimento fiel das regras estabelecidas, isto é, a ação libertadora e cristã é mais importante que a adesão à verdades reveladas.
Na história humana do Filho de Deus, a cristologia da libertação busca o “projeto” de uma libertação humana, já realizada nele em sua plenitude.
Não podemos esquecer o Cristo humano-libertador (o Jesus dos pobres, excluídos, marginalizados, oprimidos, dos famintos, dos pequenos) nem do Jesus-Deus da Trindade e da sua identidade essencial de Pessoa Divina.
É legítimo o estudo de Jesus libertador. A libertação em Jesus realizada não é só divina, vertical, espiritual. É na horizontal, humana.
Autor Desconhecido
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Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo lhe acompanhem!
Seu comentário é precioso.
Muito obrigada!
Afetuosamente,
Clécia e Sandra